Este pretende ser um espaço de partilha, reflexão e debate do grupo do Curso EFA nocturno, da Escola Professor João de Meira - Guimarães.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Violência Doméstica em debate

É já amanhã que, em conjunto, debateremos, com quem tem experiência de terreno, o tema que nos tem ocupado estes últimos tempos – A Violência Doméstica. Como já fomos verificando ao longo do trabalho que desenvolvemos, este flagelo não distingue: idade, sexo, estatuto social… Contudo o seu combate deve distinguir claramente Vítima de agressor, e não deixar impune este último.

_______________________
Não à Violência Doméstica!
Não Pactues!









Denuncia!

EFA 2007/2008
efabloggando.blogspot.com
Agrupamento de Escolas
Prof. João de Meira
_________________________

domingo, 13 de abril de 2008

Evolução da Língua Portuguesa...!

Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar "afro-americanos" aosnegros, com vista a acabar com as raças por via gramatical - isto tem sido um fartote pegado! As criadas dos anos 70 passaram a "empregadas domésticas" epreparam-se agora para receber menção de "auxiliares de apoio doméstico".De igual modo, extinguiram-se nas escolas os "contínuos"; passaram todos a "auxiliares da acção educativa".
Os vendedores de medicamentos, inchados de prosápia, tratam-se de "delegados deinformação médica". E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em "técnicos de vendas".
Os drogados transformaram-se em "toxicodependentes" (como se os consumos decerveja e de cocaína se equivalessem!); o aborto eufemizou-se em"interrupção voluntária da gravidez"; os gangues étnicos são "grupos de jovens problemáticos"; os operários fizeram-se de repente "colaboradores"; eas fábricas, essas, vistas de dentro são "unidades produtivas" e vistas daestranja são "centros de decisão nacionais".
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à"iliteracia" galopante. Desapareceram dos comboios as classes 1ª e 2ª, paranão ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preçosdistintos nas classes "Conforto" e "Turística".
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...»; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia:«Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, sequiser fazer jus à modernidade impante.
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «mal comportadas»; diz-se modernamente que têm um"comportamento disfuncional hiperactivo". Do mesmo modo, e para felicidade dos"encarregados de educação", os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, "crianças dedesenvolvimento instável".
Ainda há cegos, infelizmente, como nota na sua crónica o Eurico. Mas como apalavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado "invisual". (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprioseria chamar inauditivos aos surdos - mas o "politicamente correcto" marimba-se para as regras gramaticais...).
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da nossa praçadesbocam-se em "implementações", "posturas pró-activas", "políticasfracturantes" e outros barbarismos da linguagem.
E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico. (Autor desconhecido)

João de Meira (Grupo EFA) no Multiusos





sexta-feira, 4 de abril de 2008