Este pretende ser um espaço de partilha, reflexão e debate do grupo do Curso EFA nocturno, da Escola Professor João de Meira - Guimarães.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Desafio à escrita...

Escreva!!
Abra um mapa. Feche os olhos e escolha.
A cidade ou o país eleito vai ser o centro da sua história e terá:
- uma velha casa abandonada;
- um encontro inesperado;
- uma lenda aterradora.

Fonte: www.escrever.com

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Funcionalismo público

Era uma vez quatro funcionários públicos chamados: Todo-Mundo, Alguém, Qualquer-Um e Ninguém.
Havia um trabalho importante para fazer e Todo-Mundo tinha a certeza que Alguém o faria. Na verdade Qualquer-Um podia fazê-lo, mas Ninguém o fez. Assim Alguém zangou-se porque era um trabalho para Todo-Mundo.Todo-Mundo pensou que Qualquer-Um podia tê-lo feito, mas Ninguém constatou que Todo-Mundo não o faria. No fim, Todo-Mundo culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer-Um poderia ter feito.Foi assim que contrataram o Deixa-Pralá, um quinto funcionário para contornar todos estes problemas.

Autor desconhecido

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Pontuar, pontuando...


Há tempos um amigo meu enviou-me este texto... Genial!!!


Depois do amor matemático vem a Língua Portuguesa...


Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro. Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento. Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo. Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros. Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais. Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular. Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício. Que loucura, meu Deus! Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que, as condições eram estas: Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

O autor permanece anónimo, mas a última informação diz que é a redacção vencedora de concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa do curso de Letras da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

S. Valentim


A lenda...

Há muitos anos atrás o Imperador Claúdio II concluiu que os melhores soldados eram os solteiros e, vai daí, proibiu que se celebrassem casamentos de jovens do sexo masculino. Valentim (padre), que achava essa ideia muito injusta, continuou a celebrar às escondidas os casamentos. Quando o Imperador soube, mandou-o matar.
Diz a lenda que, enquanto aguardava a morte, o padre ter-se-á apaixonado pela filha do carcereiro, que o visitava regularmente. Na prisão, escreveu-lhe um bilhete que terá estado na origem da tradição actual, assinado ‘do teu Valentim’. Esta pessoa ficou conhecida pela sua bondade e romantismo, características que o tornaram num dos santos mais populares em Inglaterra e França durante a Idade Média.
A carta mais antiga ligada a este dia data do século XV, mas o Dia de S. Valentim apenas começou a tornar-se popular 200 anos depois.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

No Oceano...

domingo, 3 de fevereiro de 2008

À ESPERA...


Continuamos à espera desde o 25 de Abril de 1974.
Continuamos à espera da melhoria de vida.
Continuamos à espera de nos igualarmos ao resto da Europa.
Continuamos a eleger representantes que nos enchem de promessas.
Que nos tentam convencer que é só mais um sacrifício.
Que findo esse sacrifício tudo vai melhorar.
Mas continuamos a ver que não é verdade.
Que em cada legislatura que se segue continuam as mentiras.
Que falham as promessas eleitorais.
Que são sempre os mesmos erros.
Que os sacrifícios cada vez são maiores.
Que pouco ou nada melhora.
Até quando seremos um povo de brandos costumes?
Que aceitamos calados e serenos os aumentos de impostos?
Que aceitamos calados e serenos o aumento do nível de vida?
Que acatamos e permitimos que os governantes e gestores públicos ganhem fortunas enquanto o povo faz sacrifícios?

Quando é que acaba a nossa espera?